Trans-ancestralidade e ternura radical

Há um par de meses conheci a Lia García/ La Novia Sirena (IG: @cucaracha_debarrio) ) neste podcast das incríveis Afrochingonas. Lia é pedagoga, artista, contadora de histórias e ativista feminista e polos direitos humanos e da comunidade trans. Mas sobre tudo sinto a Lia como umha mulher combativamente terna, umha artesam das palavras, umha fiadeira da memória ancestral das suas comunidades de pertença e umha alquimista que faz poesia, educaçom, arte e política a partir da resignificaçom de mitos e símbolos arquetípicos.

Desde que a conheci, é umha das minhas figuras de inspiraçom e guiança no sentir, pensar e fazer umha pedagogia biocêntrica para a emancipaçom, a felicidade e os bons viveres. E também converteu-se numa companheira mui querida!

Ilustraçom dumha sereia em branco sobre a bandeira afrotrans, que consta de faixas horizontais nas cores  celeste, rosa, preta, rosa, e celeste.
Ilustraçom tomada do podcast de Afrochingonas (para escutar preme o botom)

Encontro na sua concepçom de ternura radical -que nom vem de formulaçons teóricas senom dumha profunda conexom com o corpo e os afetos como territórios políticos- plena coincidência com o método de trabalho e a bússola existencial que nos ofrece o Sistema Biodanza: a afetividade como motor da transformaçom pessoal e comunitária.

Para além, Lia tem um fermoso trabalho no âmbito da infância. A través de contos, livros e atividades pedagógicas acompanha crianças a viver a diversidade como o que simples e fundamentalmente é: um elemento da trama da vida e um fator de enriquecimento pessoal e coletivo.

Nesta entrevista ademais de poder maravilhar-nos com as pérolas da sereia Lia, também podemos escutar a Morado (IG: @ilusionistaerrante), jovem afrodescendente trans nom binárie, partilhar sobre o seu percurso de construçom identitária e sobre as interseçons entre identidade de gênero e processos de racializaçom.

Vamos, um programa supercompleto. Para mergulhar, empapar-se e deixar-se ser.