O princípio biocêntrico é insurgente; portanto, feminista*

De um tempo a esta parte escuito em muitas bocas a expressom “pôr a vida no centro”. Umha frase mui presente entre a comunidade biodanceira, alude à pedra angular do Sistema Biodanza e ao compromisso que deve orientar a nossa prática profissional, pessoal e coletiva.

Recordo que a primeira vez que escuitei falar do princípio biocêntrico fiquei mui surpreendida dado que convergia em grande medida com as formulaçons ecofeministas. A ideia de que a fantasia de autosuficiencia, progresso e domínio da natureza oculta umha profunda ecodependência. De que formamos parte dunha grande rede que conecta diferentes formas de vida e que a vulnerabilidade que nos caracteriza como espécie faz-nos interdependentes. Precisamos de outres para viver. Por isso o amor, a ternura e a sociabilidade som tam importantes para a nossa sobrevivência.

Porém, os corpos que historicamente reproduzírom e sustentárom a vida humana e nom humana fôrom o das mulheres e identidades dissidentes do sistema sexo-gênero heteropatriarcal.

Foto: Colectiva Transfeminista de Biodanza (Argentina).
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De Cronos a Kairos: primeira sessom do obradoiro Tribalizando

Na antiga Grecia empregavam-se duas palavras para nomear o tempo. Cronos e kairos representavam diferentes formas de entendê-lo. Assim, o primeiro refere-se ao tempo cronológico ou lineal, enquanto que o segundo é subjetivo e remete ao tempo oportuno. O instante propício, preciso e presente. O momento vivenciado.

Começamos esta viagem polos (auto)cuidados abordando algo tam crucial como a vivência do tempo. Umha dimensom essencial para o autocuidado, na medida em que nos convida a focalizar no aqui-agora e desde ai ser capazes de entregar-nos ao poder regenerador do desfrute.

Foto: pexels-pixabay.
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Abraçando a ansiedade, compreendendo a sua mensagem

Hoje ao preparar o encontro biocêntrico do próximo domingo, que como sabes versará sobre o acorpamento coletivo da ansiedade desde a compaixom, lembrei deste artigo da querida Mai Insua para a Revista Revirada.

Um texto que me ressoa muito porque comunica desde a experiência própria e a vulnerabilidade. E também porque nos convida a abraçar esta emoçom e compreender a sua mensagem:

“A ansiedade ten que ver cun sistema natural de alerta que traemos de base e que está relacionado coa nosa supervivencia. “

Ilustraçom: Kathrin Honesta.
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Tecendo Saúde: acorpando a ansiedade

O sistema quere-nos débeis, tristes, separades. Mais com o feminismo aprendim que o pessoal é político e é por isso que precisamos politizar as nossas emoçons e sentires, mais sobre todo, a nossa sanaçom. Sanar-nos é um ato de tenrura para conosco. Advoguemos sempre polo autocuidado.” Yadira del Mar

Acorpar as sensaçons físicas que conleva a ansiedade e o sentimento de falta de controle, o medo e a angústia. Oferecer-nos contençom amorosa e vivenciar a segurança e a confiança como possíveis caminhos para converter a ansiedade e o medo em coragem e alegria de viver. Este é o convite para o próximo Encontro Biocêntrico On Line Tecendo Saúde que terá lugar o domingo 28 de fevereiro.

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Vivenciar os (auto) cuidados em comunidade: calendário atualizado

Devido as restriçons sanitárias anunciadas o passado mês tivemos que adiar o início do obradoiro para o mes de marzo. A seguir encontrarás o calendário de sessons atualizado.

Muito tem-se falado de cuidados e autocuidados ultimamente. Porém, como podemos sementar estas práticas no quotidiano quando à nossa volta imperam os ritmos acelerados, a desconexom com os sentires, o anestesiamento do corpo, os automatismos, a preponderância do externo frente ao interno, o esfarelamento dos vínculos? Como fazê-lo sem companhia que acolha e fortaleça, que sustente e que nos faga avançar? Sem a tribo?

Oferecemos seis encontros para facilitar a construçom da urdume de cuidados que tanto precisamos. Através do círculo de palavra, da música e do movimento abordaremos diferentes dimensons a cultivar para enraizarmos os cuidados no plano pessoal e coletivo.

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Tecendo Saúde: iluminando intençons

Tencionar é um potente motor para a realizaçom do que desejamos. É claro que nom basta com desejar. Há estruturas e fatores que condicionam o devir dos acontecimentos e as oportunidade de concretizaçom, mais ainda para quem pertence a grupos vulnerabilizados. Nom reconhecê-lo seria desentender-nos dos privilégios que nos forom outorgados.

Ainda assim, viajar ao nosso espaço íntimo para escutar àquilo que realmente queremos e conectar com as nossas autênticas motivaçons existenciais alimenta o processo de crescimento pessoal. Ajuda a realizar mudanças nas nossas vidas por mais pequenas que sejam. Impulsam o nosso caminhar.

Para que este movimento seja potente e vigoroso oferecemos este espaço de iluminaçom da vitalidade pois dela depende cultivar as nossas intençons.

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Seguir cultivando existências em comúm

No último dia do ano chegaram-me desde Canárias estes versos da querida Koldobi Velasco. Emocionaram-me muito e de imediato senti que representam a essência deste projeto. Os nossos desejos para este novo ano.

Seguiremos a nutrir redes de colaboraçom e afeto que sustentem existências em comúm. Que agromem muitos mais ácios plenos de sabor, cor, companhia neste ano.

Última sessom do obradoiro Enraizar em Compostela

Atualmente a transcendência está considerada como um fator protetor da saúde. A expansom da consciência e o desenvolvimento de umha ética existencial estám relacionadas com um maior bem estar e qualidade de vida.

Neste encontro propomo-nos a iluminar a capacidade de transcender e de sentir-nos em comunhom com a rede da vida. Transmutar situaçons difíceis em motivaçom para viver com o fim de seguir medrando em sabedoria e bem estar. Farêmo-lo através da música e do movimento, num clima afectivo e lúdico de nutriçom da nossa força interior.

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Biodanza Cheia de Vida está na segunda feira de projetos de vida feministas

Laborando 2 é um espaço de encontro, sensibilizaçom, visibilizaçom e formaçom de projetos liderado por mulheres e/ou que trabalha desde a perspectiva feminista e que se desenvolverá em formato virtual do 15 ao 30 de novembro. Os objetivos som criar umha rede de sororidade e ajuda mútua, visibilizar a presença e projetos de mulheres em distintos âmbitos e pôr em valor as nossas experiências.

Na quarta feira/ mércores 18 de 18 a 20hs estaremos participando do Fórum “Coidados e sáude dende a perspectiva feminista”.

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