Tecer saúde comunitária em contextos de virtualidade: oportunidades e desafios

“Durante os meses de confinamento domiciliário, dado o isolamento em que se encontravam muitas pessoas e os altos níveis de mal-estar psíquico, abrimos um espaço biocéntrico em linha do cuidado comunitário da saúde. Encontros virtuais umha vez por mês nos quais poder partilhar sentires, reflexons e práticas saudáveis. Tecendo saúde foi o nome dado a esse projeto piloto de investigaçom-açom no que experimentamos com a Biodanza no contexto virtual. 

Os objetivos eram claros: mover o corpo, aliviar tensons, recuperar alento. Fomentar o sentimento de pertença a umha comunidade que cuida da saúde pessoal e coletiva. Trabalhar conteúdos tam fundamentais como a sustentabilidade da vida desde linguagens e racionalidades nom hegemónicas. Através da co-escuita, da palavra sentida, da vivência, do movimento, dos elementos simbólicos e da música abrimos portas a aprendizagens em comum tendo a afetividade como guia. Ao longo de onze meses refletimos sobre cuidados e auto-cuidados, interdependência, vulnerabilidade, memória, território, espiritualidade, comunidade. Nom a partir do teórico, mas do experiencial, do mítico, do poético, sem prejuízo de nom estar a partilhar presencialmente. 

Foto: Fausto Uheara.
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