Cuidar-nos em comunidade

Muito se fala de cuidados e autocuidados. Mas como podemos sementar estas práticas no quotidiano quando à nossa volta imperam os ritmos acelerados, a desconexom com os sentires, o anestesiamento do corpo, os automatismos, a preponderância do externo frente ao interno, o esfarelamento dos vínculos? Como fazê-lo sem companhia que acolha e fortaleça, que sustente e que nos faga avançar? Sem a tribo?

É com muita alegria que voltamos a oferecer esta proposta com a que recolhemos tam bons frutos no 2021!

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Último obradoiro do curso: para mover-nos cara o bomtrato

Com o solstício de verám o ciclo deste curso vai chegando ao fim….

E ainda que num princípio as aulas regulares em Compostela seguirám durante o mês de julho, rematamos a temporada de obradoiros monográficos cum broche de ouro. Dispondo os nossos corpos para o bomtrato, o bem estar e o prazer de viver e de relacionarmo-nos de forma equilibrada e plena.

O próximo sábado 2 de julho viajaremos até Vigo para estar ao cuidado dum espaço para trabalhar a relaçom entre o bomtrato e a saúde, incidindo na importância das práticas de autocuidado e na conexom com o corpo e as emoçons para o bem estar e a autonomia.

Buscamos afiançar a nossa autoestima nutrindo-nos de vivências de vitalidade, afetividade e criatividade que possibiliten reescrever o nosso argumento existencial desde o bomtrato e o gozo de viver.

Faremo-lo num projeto do que estou namorada e que sinto, em si, como um exemplo de projeto de bomtrato. A Cooperativa A Morada possibilita às mulheres um espaço de encontro, partilha, desfrute, lazer, acompanhamento e crescimento, em comunidade e desde o paradigma dos cuidados no centro.

Se te ressoa e queres apuntar-te basta premer aqui ou 📞 ao 613 047 626.

Como sempre, há mecanismos de acessibilidade para economias precarizadas.

A foto que ilustra este cartaz é da amora Dani Bento.

Novo obradoiro vivencial: Polinizar o bomtrato

Com a primavera chega o momento de espalhar sementes. Sementes de vivências e práticas que façam medrar o bom trato nos nossos vínculos. Que façam brotar novas formas de estar e de relacionar-nos mais afetivas, equilibradas e prazenteiras.

Este obradoiro está formado por três encontros nos que combinaremos a reflexom coletiva e a partilha de experiências com outra puramente vivencial. Para a primeira parte, empregaremos metodologias da educaçom popular feminista e da educaçom biocêntrica. Já para a segunda nos apoiaremos na Biodanza para levar novas vivências, sentires, intuiçons, desejos e possibilidades às nossas células, mediante a música, o movimento e o poder do grupo como matriz de aprendizagem.

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Tramando bom viver, tecendo redes de apoio e cuidados

Fechamos este curso com a última sessom do obradoiro Tribalizando (auto)cuidados em comunidade. Umha sessom na que dançaremos acompanhades da erva, das árvores, da brisa e do sol para inspirar-nos nessa busca cara a tecer bons viveres.

Umha sesssom para fortalecer o nosso desejo de construir redes sólidas de cuidados que sustentem a nossa existência e abram horizontes de vidas dignas, plenas, prazerosas e em harmonia.

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Cuidar o território: limites e assertividade como práticas de autocuidado

Pôr limites é exercitar-nos na autopreservaçom. Se falamos de autocuidados esta práctica é vital e acostuma nom estar presente no nosso repertório, especialmente para as pessoas socializadas como mulheres ou construidas dentro do que se adoita etiquetar como “femenino. O mandato social que nos construe como seres para outros e o bloqueo da agressividade (umha funçom adaptativa que em absoluto é sinônimo do violência) fam com que pôr limites ás demandas e necessidades alheias, cuidar o nosso corpo-território da sobre exploraçom e do cansaço, seja umha tarefa difícil para muites de nós.

No entanto, hoje em dia (e desde sempre na memória dos povos originários) sabemos que o crescimento exponencial é unha falacia desenvolvimentista. Nada vivo pode medrar e produzir indefinidamente. Tampouco cuidar. Os limites som umha práctica de afetividade para conosco e de defesa das nossas necessidades e ritmos. Um gesto de autorespeito e autoestima. E portanto também cara a comunidade, ao favorecer a co-responsabilidade e o reparto equitativo dos cuidados.

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Saborear a vida: quarta sessom do obradoiro Tribalizando

Reconhecer o poder do erótico em nossas vidas pode dar-nos a energia necessária pra fazer mudanças genuínas no mundo.” Num dos seus ensaios mais conhecidos, Audre Lorde fala do erótico como umha fonte de conhecimento e poder.

Exercitar-se no pracer é (re)descubrir o caminho que nos leva a ganhar poder sobre nós. Estar en conexión com os nossos desejos e necessidades. Identificar àquilo que me faz bem e tomar decisons a partir desse conhecimento.

Viver desde o prazer também supom interagir de outra maneira com o mundo, saboreando as pequenas (e grandes) ledicias que a vida nos ofrece cada dia.

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Tecendo Saúde: dar mais vida à vida

A vitalidade é um elemento central para a saúde e o bom viver. Trata-se da energia disponível para a açom e vai associada ao equilíbrio orgânico, sensaçom de bem estar, abertura e disposiçom para alegrar-se. Também tem relaçom com os instintos e portanto com as funçons que garantem a sobrevivência e a auto conservaçom.

Este é o convite para o próximo Encontro Biocêntrico On Line Tecendo Saúde que terá lugar o domingo 25 de abril de 18:30 a 20:45h.

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Tecendo Saúde: pulsar entre a açom e o repouso para revitalizar-nos

Recebemos a primavera e a sua promessa de luz, calor, fertilidade. No hemisfério norte é momento de plantar sementes para que a vida possa florescer com intensidade. A primavera representa a vitalidade, a criatividade, a expansom. A possibilidade de renovar cada dia, mesmo em situaçons de estrés, a energia necessária para desenvolver o nosso projeto existencial.

Em Biodanza concebimos a vitalidade como a pulsaçom entre a açom e o repouso. Dessa pulsaçom derivam os processo de renovaçom e equilíbrio orgânico, o que favorece a estabilidade dinâmica dos biosistemas e alimenta o fluxo de energia vital.

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De Cronos a Kairos: primeira sessom do obradoiro Tribalizando

Na antiga Grecia empregavam-se duas palavras para nomear o tempo. Cronos e kairos representavam diferentes formas de entendê-lo. Assim, o primeiro refere-se ao tempo cronológico ou lineal, enquanto que o segundo é subjetivo e remete ao tempo oportuno. O instante propício, preciso e presente. O momento vivenciado.

Começamos esta viagem polos (auto)cuidados abordando algo tam crucial como a vivência do tempo. Umha dimensom essencial para o autocuidado, na medida em que nos convida a focalizar no aqui-agora e desde ai ser capazes de entregar-nos ao poder regenerador do desfrute.

Foto: pexels-pixabay.
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Abraçando a ansiedade, compreendendo a sua mensagem

Hoje ao preparar o encontro biocêntrico do próximo domingo, que como sabes versará sobre o acorpamento coletivo da ansiedade desde a compaixom, lembrei deste artigo da querida Mai Insua para a Revista Revirada.

Um texto que me ressoa muito porque comunica desde a experiência própria e a vulnerabilidade. E também porque nos convida a abraçar esta emoçom e compreender a sua mensagem:

“A ansiedade ten que ver cun sistema natural de alerta que traemos de base e que está relacionado coa nosa supervivencia. “

Ilustraçom: Kathrin Honesta.
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